CARTA PARA O INVESTIDOR – 23.04

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CARTA PARA O INVESTIDOR – 23.04

MERCADO INTERNACIONAL


EUA


O mundo lida com os efeitos adversos da inflação, e a situação não é diferente na maior economia do mundo.
Os números apontam para um menor crescimento e uma estagnação. Especulava-se sobre a magnitude do aperto monetário e se isso levaria a economia americana a entrar em colapso. Efetivamente, houve um freio importante e rápido, o aumento de FED funds gerou como consequência um “fly to quality” onde os bancos regionais perderam valores em depósitos, desencadeando uma crise bancária não homogênea.
A ação do FED foi rápida e recursos foram reencetados na economia. Foi necessário escolher entre estabilidade financeira e inflação, de onde se concluiu que a redução da inflação será mais lenta.
Caminhamos para um “landing”, ou seja, os juros não precisarão subir demasiadamente em virtude da inflação. Com isso, os riscos de uma crise bancária, com a sensação decorrente de que o FED teria exagerado a dose da contratação e que a economia caminha para um colapso, estão arrefecidos.
Índices de consumo e rendimento das pessoas corroboram os sinais de desaquecimento, bem como as pressões inflacionárias do atacado continuam caindo. Setores como serviço e consumo ainda não cederam completamente, entretanto, mostram que estão no caminho. Parece que estamos chegando ao fim do aumento de juros nos EUA. As projeções da FED funds apontam para juros terminais entre 5% e 5,25%.


EUROPA


A Europa ainda tem muito a fazer em política monetária, dado que permanece atrasada no ciclo. Estimamos aumentos consecutivos até uma taxa final de 4%. A autoridade monetária projeta uma inflação que deve permanecer alta e que monitora o mercado, afirmando estar pronta para intervir quando necessário com a finalidade de estabilizar preços e preservar a estabilidade financeira na zona do euro.


CHINA


A reabertura da economia gera efeitos na economia global e traz desafios. Sendo o maior consumidor de commodities, sua retomada tem efeitos favoráveis ao Brasil.
A demanda reprimida após três anos de rígidos controles pode ajudar a impulsionar o crescimento global. Os índices fortes de PMI evidenciam a arrancada da China pós-abertura, suportam preços de commodities, petróleo inclusive, cujo preço em torno de USD 85,00 favorece e contribui para nossa arrecadação (royalties, dividendos).


BRASIL


Nosso maior impasse permanece no âmbito fiscal. O arcabouço fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda estabelece que os gastos do governo terão crescimento real, dentro de uma banda, em função do crescimento da receita. Além disso, será estabelecida uma banda para a trajetória de resultado primário para os próximos anos.
A notícia do arcabouço proposto pelo Ministro da Fazenda pressupõe um crescimento real dos gastos, dentro de uma banda estabelecida em função do crescimento da receita, bem como uma meta de resultado primário para os próximos anos. Claramente, será adotada uma política expansionista, ocasionando uma piora na relação Dívida/PIB, porém ainda administrável e marginalmente positivo, pois nele estariam contempladas todas as despesas.
De toda sorte, será necessário um aumento da arrecadação. O governo também deseja uma redução dos juros. Dado os gastos na PEC da transição, há pouco espaço para manobra no curto prazo. O Banco Central do Brasil segue monitorando, e as pressões inflacionárias não devem diminuir pressões imediatamente, mas o mercado de crédito já mostra sinais de desaceleração.


BOLSA


Um mês de muita volatilidade, onde foi perdido o suporte dos 100.000 pontos, porém o Ibovespa recuperou este patamar no final do mês aos 101.882,20, mesmo assim não evitou uma queda no período (-2,91% em março). O investidor estrangeiro encerrou março com um saldo líquido negativo de R$ 2,38 bilhões no mercado secundário da B3, no ano, fluxo positivo de R$ 8,49 bilhões.
Com as incertezas sobre o arcabouço fiscal, suspensão de exportação de proteína animal para China e tensões no setor financeiro americano, a B3 na relação preço/lucro se encontra em patamares de 2003.

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Alexandre França

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